terça-feira, 27 de março de 2012

A MANIFESTAÇÃO E A POLÍCIA

tenho uma opinião muito polémica acerca do que se passou nestes dias. Bem como a opinião quer tenho sobre a generalidade das greves (não todas). Nesta em especial, numa altura tão difícil, em que os sacrifícios são feitos por todos, que ninguém acha justo, mas todos percebemos o motivo, acho parvo. E aparentemente não sou só eu, já que os números da greve foram vergonhosos, nem com as lavagens cerebrais dos sindicalistas os trabalhadores se privaram de pensar pela sua própria cabeça (e estou convicta que se não fosse feita greve nos transportes os números seriam muito piores, pois existem muitas pessoas que não vão trabalhar porque não têm como).

Mas voltando ao ponto de partida, não acho mal que o cordão de segurança da polícia tenha que ter intervido violentamente, aquilo que eu acho realmente mal é a Brasileira ter ficado sem uma esplanada, a braços com um prejuízo enorme, e ninguém possa ser responsabilizado por isso, porque estava só a expressar a sua opinião . Custa-me esta defesa dos fracos e oprimidos incondicionalmente, sem qualquer juízo critico. Ou melhor custa-me que o fraco e o oprimido seja o que decide partir uma esplanada, o camionista que mata outro à pedrada porque esse quis parar um bloqueio e começar a trabalhar. E pior, que a maioria das pessoas ache isto perfeitamente normal.

Quanto aos jornalistas, gritar "eu sou fotografo" e levar um cartãozinho para uma confusão onde existem cadeiras e mesas a voar, não me parece que seja identificação facilmente perceptivel (tendo em conta o cenário). Tenho para mim, que devidamente identificados não teriam sido alvo da violência que foram. Não nos vamos esquecer que, e mais uma vez tendo em conta o cenário, os policias não têm tempo nem oportunidade para separar as pessoas e perguntarem o que estão ali a fazer, se são jornalistas, apenas espectadores ou se são autores dos actos violentos. Parece-me evidente não?

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